quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Na Terra do Nunca

A principal razão para desenvolver um texto para si mesmo é reduzir em palavras sua s reflexões, com a premissa de compreender o que passa dentro de si.
É tentar seguir seu pensamento... que vai, vai lá na frente, velozmente, tentar ao máximo conectar as imagens em palavras, que possam descrever minimamente algo, por menor que seja dos devaneios...
No meio do turbilhão, seguir uma única entidade da manada que pulula na cabeça concomitantemente, e por vezes, alterar o alvo inicial, mas sempre com o limite de seguir um único raciocínio, limite estabelecido pela própria linguagem.
Mas com o alvo a mira, como um predador, segui-lo atento, captura-lo, estraçalha-lo e consumi-lo... Lenta aprendiz, por vezes infindáveis dissecar antropofagicamente o mesmo objeto, sempre sentindo nostalgia e, no entanto novidade, ainda nessa eterna missão de auto-(re)conhecimento.
Com o repassar dos sentidos sobre os pensamentos, estes quando não mudam, ou quando os nossos sentidos que mudam sobre ele, amadurecem, cimentam, pesam e ao tocar o chão, saem do plano abstrato para a concretude das ações, viram realidade, cotidiano ou aventura, mas realidade...
Mas nem tudo são flores, meus caros, ocorre que a depender da alma viva portadora dos delírios, estes nunca descem, como se fosse na Terra do Nunca, voam, idealizados, romantizados, maravilhosos... porém, abstratos..como belos e tristes fantasmas, como a alva névoa dos incensos...distantes, ficam na eternidade infantil do quase.
O medo não permite o tropeço, a possibilidade de ser menos do que a expectativa... Então eles são novamente pensados, repensados, analisados, refletidos, despedaçados, reconstituídos, nunca consum(i)(a)dos.
Então, novo desvario surge, devaneio sobre a não-sedimentação dos devaneios! E como um ciclo, isso é pensado, investigado, pormenorizado, esmiuçado...
segue-se assim; requentando quimeras em microondas.


palavra da vez...requentar ;)

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