sábado, 25 de abril de 2009

De cio


Ah que tolice!Evitar o que não quer se sentir. Está lá, mas eu, erroneamente quero expulsá-lo, não o quero lá, quem convidou você?- penso.
Logo hoje? Como se os sentimentos tivessem hora marcada para nos invadir, como se fosse preciso, tal como os vampiros, dar a licença para que eles adentrem.
Então para dar razão a Murphya, a gota se transforma em tempestade, este impasse da negação do sentimento, a briga consigo mesmo cria ainda mais angústia e eu sinto aquilo se encravado em mim, corroendo e se tornando mais fundo tal qual um bicho de porco. Pronto agora não há mais jeito, a racionalização só torna o que era simples mais e mais complicado.

Você sente ciúmes. a priori, não quer admitir, raciocina, ego é a resposta, sempre é, raciocina, no fim das contas o outro só é coadjuvante da sua própria insegurança, o problema é seu. raciocina. mas ainda assim, você sente que era pra ter sido com você, raciocina, reconhece todo o egocentrismo por trás do ciúmes, toda a competitividade do cio, de querer ser o centro das atenções, e você raciocinando você não quer sentir isso mas contraditoriamente você se sente aliviada quando as atenções mais uma vez se voltam a você, sua segurança do hoje está ali de volta e você a quer...

Sim, realmente quero. Queria senti-la sempre, queria que não importasse, compreendo isso mas sempre lido com esse impasse e essa foi a resposta que consegui pra mim mesma. Lidar com isso, sufocar o sentimento e destrinchá-lo no objetivo de conseguir um dia consumi-lo, mastigando tanto e por fim engolir. Espero ter azeite na cozinha.